1974:
❝É mais fácil, acredito, para heterossexuais exclusivos tolerar (e essa é a palavra) homossexuais exclusivos do que bissexuais, que rejeitam exclusividade.❞ —Martin Duberman.
1976:
❝Ser bissexual não significa que eles têm relações sexuais com ambos os sexos, mas que são capazes de envolvimento significativo e íntimo com uma pessoa independentemente de gênero.❞ —Janet Bode, “The Pressure Cooker,” View From Another Closet.
1985:
❝No meio de todas as dificuldades que nós [bissexuais] encontramos, hoje trabalhamos juntes para preservar nosso dom de amar as pessoas por quem elas são, independentemente de gênero.❞ —Elissa M., “Bi Conference,” Bi Women.
1987:
❝Sou bissexual porque sou atraída, particularmente, por pessoas independentemente de gênero. Isso não me faz insensata, confusa, indigna de confiança ou mais liberal sexualmente. Faz de mim bissexual.❞ —“The Bisexual Community: Are We Visible Yet?”, The 1987 March On Washington for Lesbian and Gay Rights.
1988:
❝Ser bissexual é ter o potencial de ser aberto emocionalmente e sexualmente a pessoas independentemente de gênero.❞ —Office Pink Publishing, “Introduction,” Bisexual Lives.
1990:
❝Não presuma que bissexualidade seja binária ou duogâmica por natureza: que temos “dois” lados ou que devemos nos envolver simultaneamente com ambos os gêneros para sermos seres humanos completos. De fato, não presuma que só existem dois gêneros.❞ —Manifesto Bissexual, Anything That Moves.
❝A bissexualidade funciona para subverter o sistema de gênero e tudo que ele defende porque não é baseada em gênero. Bissexualidade subverte o gênero; a liberação bissexual também depende da subversão das categorias de gênero.❞ —Karin Baker and Helen Harrison, “Letters,” Bi Women.
1991:
❝Algumas mulheres que se autodenominam ‘bissexuais’ insistem que o gênero de seu amante é irrelevante para elas; que elas não escolhem amantes a base de gênero.❞ —Marilyn Murphy, “Thinking About Bisexuality,” Bi Women.
1993:
❝Ser bissexual é ter o potencial de ser aberto emocionalmente e sexualmente as pessoas independentemente de gênero.❞ —Sex and Sexuality: A Thematic Dictionary of Quotations.
1995:
❝A bissexualidade rejeita, desaprova e desafia dicotomias. Conota uma perda de rigidez e absolutos. É um termo inclusivo.❞ —Martin-Damon, K., “Essay for the Inclusion of Transsexuals”. Bisexual Politics. New York: Harrington Park Press.
❝A consciência bissexual, por causa de sua qualidade amorfa e natureza inclusiva, representa uma ameaça fundamental aos padrões de pensamento dualistas e excludentes que eram—e ainda são—mantidos com tenacidade pela liderança da libertação gay e por seus inimigos.❞ —“The Bisexual Movement’s Beginnings in the 70s”, Bisexual politics, Naomi Tucker.
❝Com relação a nossa integridade como bissexuais, é nossa responsabilidade incluir pessoas trans em nosso idioma, em nossas comunidades, em nossas políticas e em nossas vidas.❞ —Bisexual Politics: Theories, Queries, and Visions by Naomi S Tucker.
❝No movimento bissexual como um todo, indivíduos transgêneros são celebrados não apenas como um aspecto da diversidade da comunidade bissexual, mas porque, assim como bissexuais, eles não se encaixam em categorias dicotômicas.❞ —“Bisexuality and the Challenge to Lesbian Politics” by Paula C. Rust.
❝Como bissexuais, somos necessariamente instigados a encontrar maneiras não-binárias de pensar sobre orientação sexual. Para muitos de nós, isso também gerou uma mudança em direção a formas não-binárias de pensar sobre sexo e gênero.❞ —Rebecca Kaplan, “Your Fence Is Sitting on Me: The Hazards of Binary Thinking,” Bisexual Politics.
❝Linguagem é poderosa, e mesmo aqueles de nós que não escolhem o rótulo bissexual têm a responsabilidade de garantir que o mundo seja seguro para aqueles que o escolhem. Uma maneira de atingir esse objetivo é praticar a palavra ‘bissexual’. Diga de novo, ‘bissexual’. Pinte nas paredes; use-a em uma camiseta. Escreva com uma pasta de dente no espelho do banheiro; observe-a enquanto você olha para o seu belo eu. Bissexual. Fale mais alto; diga isso em público; diga a alguém que não se sinta confortável em ouvi-la. Deixe-os começar a superar seu desconforto. Comece a superar o seu próprio. Pergunte a si mesma: o que há nessa palavra que é tão assustadora para as pessoas? Como podemos diminuir o conteúdo do medo, desfazer as associações negativas, criar um novo significado, abrir possibilidades?❞ —Bisexual Politics: Theories, Queries and Visions.
1996:
❝Bissexualidade é aqui definida como a capacidade de amar e desejar sexualmente indivíduos do mesmo gênero e de outros. O termo ‘outros gêneros’ é usado aqui deliberadamente e é preferível ao termo ‘gênero oposto’, porque ‘outros gêneros’ engloba o reconhecimento da existência de indivíduos transgêneros e transsexuais que podem adotar identidades de gênero diferentes de homem e mulher.❞ —“Bisexuality: The Psychology and Politics of an Invisible Minority” by Beth A. Firestein and Dallas Denny.
1998:
❝Desde os primeiros anos da comunidade bi, um número significativo de pessoas TV/TS e transgêneros sempre esteve envolvido nela. A comunidade bi serviu como um tipo de refúgio para pessoas que se sentiam excluídas das comunidades estabelecidas de lésbicas e gays.❞ —Bisexuality and Transgenderism, Kevin Lano, Anything That Moves.
❝Transgeneridade e bissexualidade ocupam limiares heréticos da experiência humana. Confundimos, iluminamos e exploramos regiões fronteiriças. Desafiamos porque parecemos violar leis invioláveis. Leis que parecem ‘naturais’. E, muito possivelmente, uma vez que não somos a norma ou mesmo a média, é provável que uma das funções que temos é subverter essas normas ou leis; quebrar a sonolenta e sem imaginação lei das médias.❞ —Max Wolf Valerio, “The Joker Is Wild: Changing Sex + Other Crimes of Passion,” Anything That Moves.
1999:
❝Bissexual—ser emocionalmente e fisicamente atraído por todos os gêneros.❞ —The Gay, Lesbian, and Straight Education Network, “Out of the Past: Teacher’s Guide”.
2000:
❝Havia muitas travestis e transsexuais que vieram [ao Centro Bissexual de São Francisco na década de 1970], porque não seriam afastadas por causa da maneira como se vestiam.❞ —David Lourea in “Bisexual Histories in San Francisco in the 1970s and Early 1980s,” Dworkin, 2000 Journal of Bisexuality.
2005:
❝Houve, e continua a haver, na maioria dos lugares do país uma forte conexão entre as comunidades trans e bissexuais. De fato, as duas comunidades têm sido fortes aliadas. Por que isso? Uma razão certamente é, como mencionei antes, o número significativo de pessoas que são bissexuais e transgêneros.❞ —William Burleson, Bi America: Myths, Truths, and Struggles of an Invisible Community.
2009:
❝Também senti pressão externa para rejeitar minha identidade bi com base na ideia de que perpetua o binário de gênero: mulher/homem. Entretanto, essa ideia reduz bissexual a ‘bi’ e ‘sexual’ e desconsidera o fato de que representa uma história, uma comunidade, um corpo substancial de escritos e o direito da comunidade bissexual de definir ‘bissexualidade’ em seus próprios termos. Mais importante ainda, essa ideia desconsidera o quão vitais essas coisas são para inúmeras pessoas bi. Identificar-se como bi não significa nada inerentemente e, definitivamente, não significa que uma pessoa só reconhece dois gêneros. Contudo, presumir que pessoas bi-identificadas excluem pessoas transgêneros, não conformistas de gênero (GNC) e genderqueer também pressupõe que elas próprias não sejam trans, GNC ou genderqueer, quando na verdade muitas são.❞ —Kim Westrick and Amy Andre, “Semantic Wars,” Bi Women.
❝A bissexualidade não é um tipo de meio termo entre a heterossexualidade e a homossexualidade; em vez disso, imagino como uma forma de erodir os sistemas fixos de gênero e identidade sexual que sempre resultam em culpa, medo, mentiras e discriminação.❞ —Carlos Iván Suárez García, “What Is Bisexuality?”, Getting Bi: Voices of Bisexuals Around the World, Second Edition.
❝Tenho certeza de que sou bissexual porque não consigo ignorar o fascínio e a beleza de um amplo espectro de pessoas—diferenciar por gênero nunca pareceu atraente ou mesmo lógico para mim. [...] Para mim, bissexualidade significa que eu não paro a atração, interesse ou potencial de relacionamento com base no gênero; posso fazer sexo, flertar ou ter um amor caloroso e contínuo com qualquer pessoa (não todo mundo, ok? Essa parte é um mito).❞ —Carol Queen, “Why Bi?”, Getting Bi: Voices of Bisexuals Around the World, Second Edition.
2013:
❝[Bissexualidade] descreve como gênero afeta a atração para mim: não afeta. Sinto-me atraída por pessoas independentemente de gênero, e sou bissexual.❞ —Emma Jones, “Not Like the Others,” Bi Women.
2015:
❝Quando alguém acusa bissexuais, exclusivamente, como mais binários e transfóbicos do que outros grupos de identidade, essa segmentação não é apenas inadequada, mas também está enraizada na bifobia.❞ —Lani Ka'ahumanu and Loraine Hutchins, “Bi Organizing Since 1991,” Bi Any Other Name (New 25th Anniversary Edition).
2019:
❝Oh não, mãe. Eu não sou lésbica. Na verdade, sou bissexual. Isso significa que gênero não determina por quem me sinto atraída.❞ —Annie Bliss, “Older and Younger,” Bi Women Quarterly.
2020:
❝Ser bissexual—o que eu defino, para mim, como ser atraído por pessoas independentemente de gênero...❞ —Melissa A. Fabello, PhD, “The Joys of Queering Your Relationships,” Medium.
Data desconhecida:
❝Pessoas bissexuais são aquelas para quem gênero não é o primeiro critério em determinar a atração.❞ —Illinois Department of Public Health, “Sexual Orientation, Gender Identity and Youth Suicide”.
❝Por favor, note que ‘atração pelo mesmo e por gêneros diferentes’ significa ‘atração por todos’. A bissexualidade é inerentemente inclusiva para todos, independentemente de sexo ou gênero.❞ —American Institute of Bisexuality, “What Is Bisexuality?,” Bi org.
❝A história não-binária real vivida da comunidade e movimento bissexual e a cultura inclusiva e o espírito comunitário de bissexuais são erradicados quando uma interpretação binária de nosso nome para nós mesmos é arbitrariamente assumida.❞ —“Bi Any Other Name: Bisexual People Speak Out” by Lani Ka’ahumanu.
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